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DICAS DE SEGURANÇA

Já abordamos em outra página três requisitos essenciais para quem quer voar de paramotor com segurança: 

  • Instrução

  • Equipamento

  • Condições do tempo


Se você ainda não leu essa página, não deixe de visitá-la:    Paramotor - É Seguro?  Lá apresentamos requisitos importantíssimos de segurança para quem deseja se tornar um piloto. 

 

Agora a abordagem será mais específica, sobre atitudes a serem adotadas pelo piloto pra tornar seu voo o mais seguro possível, considerando que os três requisitos acima mencionados já foram devidamente assimilados e considerados 

"CHECK LIST" PRÉ VOO

Pra dar mais segurança ao voo, o piloto nunca deve decolar sem antes checar seu equipamento. Aqui, apresentamos uma lista de itens do equipamento que devem ser sempre verificados pelo piloto, principalmente antes de cada decolagem, lembrando que se trata de lista exemplificativa.

MOTOR, ESTRUTURA e SELETE

  • Aperto de parafusos, conexões de fios e fixação de mangueiras;

  • Sinais de vazamentos de óleo ou combustível;

  • Alinhamento e fixação da hélice;

  • Tampa do combustível fechada;

  • Integridade dos coxins do motor;

  • Fixação do escapamento e molas de segurança;

  • Pressão de correias;

  • Integridade do cabo e acionador do acelerador - conferir se o gatilho está retornando;

  • Possíveis folgas em peças como filtro de ar, conexão do cabo da vela;

  • Fixação dos bracinhos e integridade das respectivas presilhas (se for o caso);

  • Integridade dos mosquetões e funcionamento do seu sistema de travas;

  • Ajuste, integridade e posicionamento das fitas de fixação da selete à estrutura;

  • Mosquetinhos e backup de fixação da selete à estrutura;

  • Paraquedas reserva - fechamento da bolsa, integridade e posicionamento correto da alça de acionamento;

  • Correias de segurança das pernas e peitoral devidamente fechadas e travadas;

       

OBS:  Faça uma verificação visual geral de forma a identificar possíveis anormalidades ou desgastes. 

ASA

  • Integridade do tecido, ausência de danos, rasgos;

  • Integridade e estado geral das linhas, costuras, ferragens e tirantes (todo esse material, que faz parte da asa, está sujeito a interferências provocadas por variações de clima, umidade, impactos, abrasão, poeira etc.); 

  • Linhas desembaraçadas e asa corretamente posicionada para a decolagem em relação à direção do vento;

  • Conexão dos tirantes aos mosquetões;

OBS: Com o passar do tempo, fatores externos acarretam, por exemplo, a redução da porosidade do tecido da asa, diminuição de sua resistência, alteração no tamanho e na resistência das linhas, comprometimento de costuras, entre outros. Fique atento e envie sua asa para revisão junto ao fabricante ou profissional qualificado sempre que detectar qualquer anormalidade.

VOO SEGURO

EM VOO, MANTENHA-SE ATENTO ÀS REGRAS BÁSICAS DE SEGURANÇA
 

  • Respeite os limites do NOTAM (conforme já informado, em Brasília o voo de paramotor é restrito a áreas delimitadas pelo CINDACTA)          O que é NOTAM.

  • Não sobrevoe áreas densamente povoadas;

  • Ao planejar seu voo, considere uma margem de segurança ao calcular o combustível a ser utilizado;

  • Ao sobrevoar áreas alagadas (praia, lagos, rios...) utilize sempre colete flutuante corporal, além de sistemas de flutuação para o equipamento (leia mais sobre esse tema aqui);

  • Não faça voos rasantes sobre edificações ou aglomerações de pessoas;

  • Priorize o voo em conjunto com, no mínimo, mais um piloto. Em caso de pane, essa prática poderá fazer toda a diferença;

  • Use sempre rádio intercomunicador para contato imediato com outros pilotos;

  • Evite sobrevoar região onde não exista uma área propícia onde possa pousar caso sofra uma pane; voando, tenha sempre em mente o "Cone de Segurança".

CONE DE SEGURANÇA

Esse conceito remete à ideia de que, em voo, o piloto é responsável por manter-se sempre próximo a uma área ao seu redor (o “cone”) para a qual possa navegar apenas com o planeio de sua asa, em caso de pane no motor.

Na ilustração é possível ver que o piloto sobrevoa um lago, ou o braço de um rio. A área demarcada em formato de semicírculo seria a parte visível do seu "cone de segurança" (a outra parte do "cone" está atrás dele, não visível na foto).
 
Se a razão de planeio dessa asa permite chegar, sem auxílio do motor, até a margem de areia à direita na foto, então, neste  caso, o piloto está observando o "cone de segurança". 

Cone de Segurança.jpg

Area do Cone de Segurança

Assim, se o motor parar, ele poderá voar em planeio até a margem de areia e efetuar um pouso com segurança.
 
     É obrigação do piloto conhecer a velocidade de melhor planeio, a razão de planeio de sua asa, a velocidade mínima de segurança e deve estar proficiente nos procedimentos de pouso de emergência em um voo planado (sem motor). Dessa forma, em situação de pane, pousará sem oferecer risco a si e às pessoas e bens no solo.

Check list pré voo
Cone de Segurança
Voando sobre água

​         VOANDO SOBRE ÁGUA

VOANDO SOBRE AGUA.jpg

Voar sobre a água é perigoso? qual o equipamento adequado pra usar?

Muito se discute sobre esse assunto em redes sociais e grupos de whatsapp, onde postam-se dicas e sugestões sobre equipamentos de segurança comumente utilizados por pilotos, os perigos e as ações em caso de pouso forçado na água.

Aqui você encontra uma síntese de dicas publicadas por colegas que tiveram experiência ou se propuseram a testar equipamentos comumente utilizados em voos sobre água. O objetivo é reforçar a importância dos cuidados a serem adotados ao sobrevoar rios, mar, lagos e similares.

DICAS

  • Use sempre colete corporal flutuante e sistema de flutuação para o equipamento;

  • Voe a uma altitude que lhe permita, se necessário, atingir a margem em voo planado e pousar em local seguro ("cone de segurança");

  • Se não for possível atender ao requisito anterior, voe a uma altura que lhe permita, em caso de pane, soltar-se completamente do equipamento, antes de tocar a água;

  • Caso voe próximo à superfície da água, o ideal é manter ao menos uma das alças das pernas já liberadas, assim como as alças do peitoral e abdomem. Numa emergência, você precisará soltar apenas a alça da outra perna, o que facilitará desvencilhar-se do equipamento na água;

  • Lembre-se de que, na água, o tanque de combustível, quando mais vazio, tende a flutuar; no entanto, devido ao seu posicionamento na estrutura, pode levar o piloto a ficar sob a água, sem conseguir respirar, numa posição que torna difícil (ou impossível) desvirar-se. 

Sobre esse tema, recomendamos fortemente assistir ao vídeo ao lado.

Trata-se de teste feito por piloto de paramotor. O resultado é impactante. É a prova de que o risco de sobrevoar região de água é real e, portanto, as regras de segurança não podem ser desprezadas.

Esse vídeo encontra-se publicado no Youtube, no canal "O cara que voa" - @erick20agro

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Voando com responsabilidade você voará sempre!

2º Campfly - ago/2018

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